O Rio de Janeiro deu 69,69 dos votos válidos ao nosso Presidente. Em muitos dos 92 municípios o índice chegou a ultrapassar os 80% nas áreas populares, como Caxias (80.79%), Belford Roxo (84.69) e Japeri ((84.78 %). Mais do que uma vitória eleitoral, tivemos uma vitória política, com a consolidação de ampla aliança no segundo turno que levou nosso aliado Senador Sérgio Cabral (PMDB) ao governo do Estado com 68% dos votos.
O candidato do PMDB ao governo do estado, Sérgio Cabral agradeceu à militância petista que o acompanhou na caminhada pela orla de Copacabana. "Estou muito emocionado de estar aqui, na Avenida Atlântica, que já foi palco de eventos históricos, no último domingo antes da eleição, cercado por todas essas pessoas que me apóiam", afirmou.
Aliado do presidente Lula, o senador aproveitou para reafirmar a parceria que fará com o governo federal, caso vença as eleições: "Tenho certeza de que a parceria vai proporcionar investimentos antes nunca vistos no estado".
Acompanharam Cabral, além de Benedita da Silva, coordenadora-geral da campanha no Rio ,representantes de diversos partidos, como os prefeitos Lindberg Faria (Nova Iguaçu) e Godofredo Pinto (Niterói), do PT; os deputados Miro Teixeira (PDT) e André do PV; a vereadora Aspásia Camargo (PV); o ator Francisco Cuoco; e o dançarino Carlinhos de Jesus.
“Este governo abriu a porta para os movimentos sociais, o que nunca aconteceu em outros governos. Em quatro anos, não dá para comparar, porque em todas as áreas fomos melhores”, disse Lula, classificando como pequenez as citações de Geraldo Alckmin sobre o avião presidencial. “Somos atacados porque eles nunca pensaram que um torneiro-mecânico poderia ser presidente. Eu sei a importância deste momento que estou vivendo”, disse o presidente.
Lula voltou a citar a história de Barão de Mauá para comparar seu projeto de desenvolvimento com o de seu adversário. Mauá, então empresário, queria industrializar o país, mas a elite de sua época queria manter o atraso da lavoura. Lula também citou exemplos de avanços em seu governo, como de política externa: “eles achavam que política exterior é só ir para Washington, mas eles não queriam saber da América Latina, da África”.
A uma platéia variada, que reuniu de sambistas, como Zeca Pagodinho e Beth Carvalho, a humorista Dercy Gonçalves e os jogadores de vôlei Mauricio e Fernandão, e ao teatrólogo Augusto Boal e a cineasta e atriz Tássia Camargo, Lula prometeu trabalhar ainda mais.“Já fizemos muito, mas agora estamos calejados para fazer mais. Vamos continuar a promover a queda dos juros, a distribuição de renda, porque estamos mais preparados. Apesar de eles terem tido um doutor presidente, foi este governo que fez mais pela educação. Eles dizem que investir no pobre é gasto, mas dar empréstimos em gente rica que nunca paga, é investimento”, disse Lula, agradecendo o apoio dos artistas, intelectuais e atletas.
“Na ditadura as esquerdas foram vencidas, apesar de ser maioria, mas os ditadores eram coesos e unidos como ditadores e nós tínhamos as dissidências. Por isso, temos que ter responsabilidade agora, para que o povo brasileiro vença. A direita são canibais, que venderam o patrimônio público e, agora, são canibais na prática que até arrancam dedinho de eleitor de Lula”, disse Boal, referindo-se a uma eleitora tucana que mordeu uma admiradora de Lula, tirando um pedaço de seu dedo.
Antes de começar a falar, o presidente estendeu sobre o púlpito uma canga, com a bandeira do Brasil estampada. O início do seu discurso foi um bombardeio contra os tucanos. “Em 2002, interrompemos um projeto que, em oito anos, acabou com grande parte do patrimônio público”, atacou Lula.
O presidente enumerou as realizações de seu governo, destacando políticas sociais, e declarou seu amor ao Rio: “Ingratos dizem que não gosto do Rio. Eu não posso é morar no Rio, porque, se pudesse, me mudava amanhã”.
(fonte: O DIA, Foto: O GLOBO)
O presidente falou ainda sobre os grandes projetos que o governo está viabilizando no Rio de Janeiro. Entre eles, a
a implantação, no bairro de Santa Cruz, da maior siderúrgica do Brasil e da América Latina, que representará um investimento de cerca de R$ 12 bilhões.
Ao lado do candidato ao governo pelo Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), da deputada Jandira Feghali (PCdoB) e do prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, Lula foi aclamado pela multidão ao lembrar que o Rio é um estado que tem diversas potencialidades. “Eu sempre sonhei em ver o Rio governado por alguém que gosta do Rio, porque esse é um estado importante politicamente, economicamente e culturalmente”, afirmou Lula.
“Por isso, o estado precisa de um governador de alma limpa, sem preconceitos e que não pense em governar apenas para os ricos do Rio, mas também para os pobres da Baixada Fluminense. Vocês (se referindo aos moradores do local) são a cara do Brasil, pela mistura de raças, como o nordestino também é, e como são os muitos pobres deste país”, afirmou o presidente. “Por isso vamos investir aqui, R$ 12 bilhões no Pólo Siderúrgico”, anunciou o presidente.
Cabral, por sua vez, elogiou o governo de Lula, destacando os investimentos feitos em diversos setores. “Tenho o compromisso de ser parceiro de Lula, para que possamos melhorar a segurança pública, como o presidente já está fazendo hoje, com investimentos no setor a partir do Pan-americano”, disse Cabral. “Lula foi o único presidente que olhou para a Baixada Fluminense”, reconheceu o prefeito Washington Reis.
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB), criticou o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, por não conhecer o país. “É um candidato paraquedista que não conhece o Rio nem o Brasil. Lula é o presidente que tem condições de melhorar o Rio”, disse Rebelo. “Nenuhm adversário tem moral nem ética para falar de Lula”, reforçou Jandira Feghali.
